sábado, 8 de setembro de 2012


Muita calma nessa hora....

VI ESSA SEMANA PUBLICADA AQUI A PESQUISA ELEITORAL FEITA POR UM INSTITUTO DO PARANÁ, MAIS PRECISAMENTE DE LONDRINA.

Sabemos que uma pesquisa deve ser registrada no Tribunal Regional Eleitoral, porém, isso não significa necessariamente que ela mostre a realidade dos fatos. Nós temos mais de 60 mil eleitores em Itapeva e fazer uma pesquisa num universo de 400 pessoas, realmente é muito pouco para se acreditar que ela espelhe a realidade. Ora, essa pesquisa eleitoral deve possuir metodologia capaz de selecionar corretamente a amostragem, indicar a margem de erro e os instrumentos de coleta e análise dos dados.  Não vimos nada disso, apenas números, quiçá fabricados. 
O eleitor deve estar atento aos abusos e excessos na divulgação de pesquisas e/ou enquetes eleitorais, pois estas formas de levantamento de opinião podem tender contra a legitimidade e o equilíbrio de uma disputa eleitoral.
Não é mais cabível numa eleição que o eleitorado seja induzido a erro quanto ao desempenho de determinado candidato em relação aos demais. A fiscalização pode – e deve – ser exercida por todos. E o eleitor de hoje é diferente daquele do tempo do coronéis, onde eram trazidos de caminhão do Guarizinho para votar, sem antes passar pelos “viveiros” e comer um pão com linguiça e taubaina. Essa tempo já passou, ninguém vota por pesquisa, se assim fosse Luiz Cavani não teria ganho da Terezinha no primeiro mandato, pois as pesquisar mostravam ele  com apenas 4% e Terezinha exatamente com o mesmo numero que a pesquisa mostra que temo o Roberto.   
As pesquisas eleitorais no Brasil estão se tornando o novo modo de cercar o chamado "curral eleitoral", pois por meio da intensiva propaganda, a divulgação dessas pesquisas acaba por fabricar maiorias. Em alguns lugares isso acaba servindo para inibir qualquer opinião contrária ao consenso fabricado. Por que isso acontece? Simples, muitas pessoas tem medo de serem identificadas com os possíveis derrotados nas eleições e depois serem perseguidos por essa identidade.
Assim, o que antes era uma aparência (a maioria fabricada) acaba tornando-se uma opinião sedimentada da qual ninguém pode discordar sob pena de ser rotulado pelos inúmeros esteriótipos criados ou exagerados durante as campanhas eleitorais.
É muito difícil que uma verdadeira democracia se estabeleça com todo esse tribalismo e vinculado a isso está o clientelismo que distribui os cargos e serviços públicos entre os correligionários.
Um clima de favorecimento que só incrementa o mal nefasto do populismo: dizer uma coisa e fazer outra. O povo, muitas vezes ansioso pelo  progresso  da cidade se transforma num verdadeiro brinquedo dos candidatos que manipulam suas profundas emoções com discursos alarmistas.
Desse modo a democracia fica sempre exposta à propaganda desigual dos meios de comunicação de massa. As opiniões credenciadas são submersas diante da avalanche de slogans e pesquisas mais parecidas com propaganda eleitoral. Ainda não acabou a campanha e todos estão nas ruas, ninguém de salto alto, isso é verdade, pois ainda não se abriu as urnas, ou não foi digitado o numero de nenhum candidato. Muita calma nessa hora....   

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CARAS NOVAS PARA PREFEITO DE ITAPEVA

A campanha para a Prefeitura de São Paulo já está começando com reuniões dos caciques, de um lado Lula da Silva dá o tom e do outro o sempre renunciante José Serra, e prometem que essa campanha será muito diferente de outras. Será uma campanha de caras novas contando com Chalita do PMDB, Haddad do PT e até D'Urso, o Presidente da OAB está sendo sondado. Em entrevista Lula afirmou que “o copo transbordou de gente velha, o povo quer ver caras novas”.

Rossi, não o nosso, mas o sempre candidato a prefeito da capital paulista já lançou em outros tempos e chegou ao segundo turno contra Mario Covas a frase: “Chega dos mesmos” e novamente a frase será usada e abusada por todos.

Aqui na terra de Furquim pelo que parece também irão aparecer algumas caras novas: Juninho da Bauma, segundo o vereador Comeron é candidatíssimo, O Hugo da Ford também já foi sondado e o Ralf Gemignani (este sempre é sondado), além do Diclei da Farmácia São Pedro (já está em campanha). É claro que não se pode esquecer do sempre candidato Paulinho De La Rua que parece estar empolgado com a possibilidade de apoio do nosso amado prefeito doutor Luiz Cavani, pois do doutor Ulisses (nosso deputado) ele já tem.

Doutor Luiz diz que é itapevense, porém acho que ele nasceu em Itapeva das Minas Gerais, pois seu jeito de fazer política assemelha-se mais a usada pelo Aécio Neves. Concorda com todos, mas na hora de decidir, as “cartas da manga” é que mandam.

À pouca pequena ouvi que ele tem dois candidatos: Um, de seu coração é o Rossi (que parecer com o chefe já está deixando um bigodão e não anda mais de terno e gravata), tá largadão como o chefe e outro é o Xixo (que jura de pé junto que não é candidato). Tem também o Luciano (se bem que este está se cacifando, segundo as más línguas, para ser o vereados mais votado e futuro Presidente da Câmara.

Em política, dizia Tancredo, temos que pensar no amanhã, pensar longe e não ficar jogando conversa fora, ouvir todos e dar o retorno. Não desprezar nenhuma hipótese e nenhum companheiro.

Lembro-me de uma campanha do PT na ABC onde o Prefeito disputou a reeleição com seu Secretário de Obras (que saiu pelo PDT), e no discurso do prefeito ele dizia: “eu planejei a cidade para o futuro” e seu ex-Secretário de Obras respondia em seu palanque: “O prefeito apenas planejou e eu executei e vou continuar executando”. Resultado; o prefeito perdeu as eleições e seu Secretário virou prefeito.

Bem que poderia acontecer isso aqui em nossa cidade, pois o Xixo é unanimidade e na verdade, mesmo com a boa vontade de nosso amado prefeito, sem o Xixo Itapeva não veria essas mudanças estruturais que estão acontecendo. E seria uma cara nova que Itapeva tanto precisa. Quem sabe...Por enquanto é só, pessoal.....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MUITAS LUTAS POR LUTAR....

MUITAS LUTAS POR LUTAR...

JAIR CARVALHO

“Os políticos e as fraldas devem ser mudadas pela mesma razão.” (Eça de Queirós)

Essa semana nossa região foi agitada, Itararé acordou com prefeito novo, mas ficou apenas uma semana no cargo, pois o prefeito cawboy já está de volta, conseguiu derrubar a liminar no Tribunal de Justiça. A Câmara daquela cidade abriu uma CPI para apurar irregularidades na administração municipal. E promete cassar o prefeito faltoso, mandando-o de volta para sua fazenda a cuidar dos semoventes que cria.

Apiaí (quem diria?) começou a reagir e os moradores fecharam a estrada para reivindicar do Governo do Estado as melhorias necessárias. Era trator, cavalo, mula, caminhão, carroça, enfim, todo ser movente, inclusive muita gente, a mostrar a força do povo apiaiense. Mas continuam votando na tucanada.

Essa semana também vimos boatos de que a região administrativa de Itapeva (16ª região) criada pela Assembléia Legislativa (pois o Governo tucano do Alkimin vetou e os deputados derrubaram o veto) poderá ser instalada, em Capão Bonito. A tucanada não gosta de Itapeva e não esconde isso. Que feio heim, governador!

Bem sabemos que a tucanada não gosta de nossa região, pois aqui continua um abandono total, quando alguma autoridade vem para a região, ou é de jatinho ou helicóptero e olhe que nem comem da nossa comida, trazem lanche da capital tanta é a pressa de ser ver longe dessa gentalha que só interessa nas eleições. Não são bobos nem nada de vir de carro para estragá-los e correr risco em nossas estradas.

Nosso Batalhão de Policia também foi notícia essa semana, até helicóptero águia da PM estava presente sobrevoando a cidade, dizem que a ROTA (tão famosa no Governo Maluf – cruz credo, ave Maria) fez algumas visitas nas Vilas que detém as bocas de fumo e prendeu alguns meliantes, que, como dizia o famoso repórter Beija–Flor da Rádio Bandeirantes, “vão tomar café de canequinha”.

Enquanto isso, aqui na terra de Furquim Pedroso a Câmara continua vazia, sem assunto, sem discussões interessantes, continuamos a servir o nosso amado prefeito doutor Luiz Cavani, que nada de braçada. Até o vereador Comeron (quem diria!!), que queria abrir uma CPI desistiu. Porque será heim?

Mas ano que vem tem eleições e a tucanada promete que tudo acontecerá em nossa região, pois o jeito tucano de governar sempre foi esse, leva as coisas no “banho-maria” para no ultimo ano abrir a “burra” e gastar sem qualquer limite. É um canteiro de placas que ninguém nunca viu. Aguardemos. Por enquanto é só, pessoal...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

QUE NOSSA PRESIDENTA SEJA A PORTA VOZ DA DEFESA DA MULHER NO MUNDO

A DEPLORÁVEL PRÁTICA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Marcelo Di Rezende Bernardes*

Sem dúvida, não é de hoje que a imposição a uma subordinação da mulher em todos os seus aspectos seja por todos conhecida, pois encontramos raízes deletérias deste triste acontecimento desde o primeiro alicerce fundado na construção da falsa ideologia, até então aceita, ‘da superioridade do homem’, esta já existente há 2500 anos nos continentes antigos, onde a mulher era vista apenas como um objeto ou um mero brinquedo de luxo.

Entretanto, mesmo diante desse reprovável quadro de ululantes absurdos, várias culturas ainda aprovam, toleram ou mesmo justificam diversas e diferentes atrocidades que são endereçadas contra a mulher, sendo essas atitudes, fruto de normas de conduta distorcidas a respeito do papel e das responsabilidades de homens e mulheres na sociedade.

Por meio de um breve estudo, extraímos dados provenientes sobre a violência física e moral a que a mulher ainda atualmente vem sofrendo na sociedade hodierna, pois é consenso geral de que tais agressões não escolhem raça, idade ou classe social para se materializar, caracterizando-se como a expressão mais vil do reduzido ’status’ feminino em todos os povos.

Segundo a Revista Veja, em matéria datada do mês de dezembro do ano de 1999, os indicativos de violência contra a mulher mudaram pouco, ou quiçá pioraram, em relação aos dias de hoje. Os exemplos colocados a seguir e retirados da citada reportagem, para dizer o mínimo, são deploráveis, acintosos e por demais cruéis, quase fazendo com que acreditemos que não são praticados por outras pessoas, outros seres humanos, e sim, por monstros ou entidades do mal que resolveram passar por nosso planeta apenas para espalhar barbaridades e atos insanos incomensuráveis.

Nos Estados Unidos da América, a cada 18 minutos uma mulher é agredida; na Índia, 5 mulheres são queimadas por dia; em Marrocos, a violação à mulher é considerada apenas como sendo um crime moral e não como um atentado à integridade física. No Afeganistão, a mulher é obrigada a usar a burca em todos os momentos e por toda a vida, o que chega a ser considerado pouco perto de países como o Paquistão, onde cerca de 8 mulheres são transgredidas por dia e 70% a 95% já foram vítimas de violência doméstica. Mencionem-se ainda, países como a África do Sul onde as mulheres são consideradas seres inferiores, ou ainda em Serra Leoa que, em tempo de guerra civil, faz com que as tropas rebeldes tenham a desumanidade de compelir as mulheres à escravatura sexual. Infelizmente não paramos por aí, na Birmânia e em Bangladesh, as mulheres são queimadas com ácido devido às disputas de dotes. Não nos olvidemos ainda de citar que nos continentes asiático e africano, de forma geral, e em algumas comunidades islâmicas nos EUA e no Canadá, é praticada a mutilação genital em infantes sem sequer serem observados procedimentos básicos de higiene ou utilizada alguma espécie de anestesia, consistindo, tal mutilação, na extirpação parcial ou total dos órgãos genitais femininos.

Os dados catastróficos não param por aí. Em uma outra pesquisa feita em 1990 pela Organização das Nações Unidas e, em 2002, pela Delegacia da Mulher do Distrito Federal, temos a destacar com repúdio os seguintes dados coletados pela Universidade Federal da Bahia:

- A violência contra a mulher é maior na América Latina, África, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia;

- Nos EUA, a violência doméstica atinge de 2 a 4 milhões de mulheres: são 21 milhões de hospitalizações, a um custo de US$ 44 milhões ao país. A cada 18 minutos, uma mulher é espancada; a cada seis minutos, uma é estuprada.

- Segundo a Associação Médica dos EUA, quase um terço das 77 mil mulheres de menos de 50 anos que atuam nas forças armadas sofreu estupro.

- Na Índia, 9 mil mulheres são assassinadas ao ano porque o dote não é suficiente.

- Dois terços dos 885 milhões de analfabetos adultos recenseados pelo Fundo das Nações Unidas para a Educação (Unesco) são mulheres.

- Mais de 114 milhões de mulheres no mundo sofreram algum tipo de mutilação sexual. São seis mil por dia, cinco por minuto.

- Na França, 95% das vítimas de violência são mulheres; 51% sofrem agressões dos próprios maridos.

- Na Bolívia, as agressões de maridos somente são punidas se a mulher ficar incapacitada por mais de 30 dias.

- No Paraguai, a lei perdoa maridos que matam mulheres flagradas em adultério. A lei não se aplica às mulheres nas mesmas circunstâncias.

- Em Lima (Peru), 90% das mães entre 12 e 16 anos foram estupradas.

- Em Uganda, na África, a lei reconhece ao homem o direito de bater na mulher.

- Na China, um terço das mulheres diz apanhar dos maridos. Nas zonas rurais, as mulheres são vendidas para casar com desconhecidos.

- No Paquistão, em casos de estupro, quatro homens religiosos devem testemunhar para dizer se houve penetração. Se as acusações não forem comprovadas, o depoimento da mulher pode ser considerado ''sexo ilícito'' e ela pode ser condenada à morte.

No mundo, um em cada cinco dias de falta no trabalho feminino é conseqüência da violência doméstica, aduzindo que as conseqüências do estupro e da violência doméstica para a saúde das mulheres são próximas aos efeitos das doenças cardiovasculares e mais expressivas que as encontradas para todos os tipos de câncer. Em períodos de guerra, é sabido que a violência contra a mulher aumenta, sendo usada até como tática de guerrilhas entre os povos, como no caso de países como o Congo Oriental e Afeganistão.

Mais recentemente verificamos, pela mesma Revista Veja, desta feita por meio de matéria bastante atual, datada de abril de 2005, dados aterradores de países tidos como avançadíssimos em todos os sentidos. É citada a Suécia, onde a violência contra a mulher – incluindo aí espancamento doméstico, relações sexuais forçadas e constrangimento psicológico – é também uma das maiores da Europa, tendo aumentado nos últimos quinze anos, em 40% o número oficial de casos de violência contra as mulheres. A reportagem noticia que em 2003, de acordo com um relatório da Anistia Internacional, 50% das agressões que chegaram ao conhecimento da polícia se referiam a surras aplicadas por marido, namorado e toda sorte de ex. Informa ainda que quatro em cada dez suecas, em algum momento da vida, já foram agredidas por homens, representando, assim, o dobro da média européia e um índice encontrado com maior facilidade em países menos desenvolvidos, como o Brasil. Em que pese o quadro cruel relatado, as mulheres suecas não tem coragem para denunciar as agressões que sofrem dentro de casa, suportando caladas tal situação para preservar a imagem de pessoa forte e independente que construíram na sociedade. Mencione-se que, na Europa, só em Portugal as mulheres são mais espancadas que as suecas. De acordo com estatísticas, metade das portuguesas já foram surradas pelo menos uma vez na vida.

Bem, consoante percebemos então, o grave problema da violência contra a mulher pode e deve ser considerado como uma questão de saúde pública, além de uma violação explícita dos direitos humanos, o que não mais podemos aceitar no mundo moderno em que vivemos. No caso do Brasil possuímos dados igualmente graves, pois, segundo a Fundação Perseu Abraão e o Instituto Patrícia Galvão em pesquisa recente, a cada 15 segundos uma mulher é agredida em razão do uso abusivo de bebida alcoólica ou por ciúme doentio de certos homens, fazendo com que elas apontem nestas pesquisas que o problema que mais as afligem hoje é a violência doméstica. Aqui desobedecer ao marido, retrucar, recusar sexo, não preparar a comida a tempo, falhar no cuidado das crianças ou da casa, questionar o cônjuge a respeito de dinheiro ou mulheres ou até sair de casa sem a sua permissão, são motivos considerados como sendo ‘razoáveis’ servindo de desculpa para injustas e ilícitas agressões contra a mulher.

Diante da apresentação desta análise, cremos que a violência contra a mulher não respeita fronteiras de classe social, raça, religião ou idade. O número de vítimas de maus-tratos continua a aumentar de forma assustadora e, hoje, o problema é tão grave que virou também questão de saúde pública. De acordo com pesquisadores da Universidade do Ceará, mulheres que sofrem violência doméstica podem apresentar quadros de ansiedade, fobias e depressão, sendo que os transtornos mais freqüentes são verificados entre mulheres vítimas do próprio parceiro.

De acordo com artigo publicado na Revista de Saúde Pública, ed. fev. 2005, o Brasil é o país que mais sofre com a violência doméstica, perdendo 10,5% do seu PIB, frisando que em 85,5% dos casos de violência física contra mulheres, os próprios parceiros são os agressores. Os maus-tratos seqüenciais podem produzir efeitos permanentes na auto-estima e qualidade de vida da mulher. Tentativas de suicídio foram relatadas por 39% das entrevistadas e 24% passaram a fazer uso de ansiolíticos.

Em que pesem estas tristes alegações, aliado ao fato de que apenas 44 países aprovaram legislação contra a violência doméstica, sendo que somente 27 têm leis contra assédio sexual, no âmbito jurídico certos avanços foram conseguidos pela mulher, tais como: foi retirado o conceito de mulher honesta para vítimas de abuso sexual, efetivada a criminalização do tráfico de mulheres, do turismo sexual com menores, da mutilação genital feminina, aprovado o fim do dote obrigatório e, mais recentemente, foi incluída no Código Penal em vigor a violência doméstica, conquistas estas obtidas por intermédio de muito esforço e luta em prol da classe feminina.

Todavia, há muito mais ainda o que se avançar, pois a maior parte daqueles que praticam estas violências costumam sofrer pouca ou nenhuma punição.

Para enfrentarmos esta cultura machista e patriarcal são necessárias políticas públicas transversais que atuem modificando a discriminação e a incompreensão de que os Direitos das Mulheres são também Direitos Humanos. Modificar o ignorante entendimento da subordinação de gênero requer uma ação conjugada e seriamente articulada entre os programas dos Ministérios da Justiça, da Educação, da Saúde, do Planejamento e todas as entidades protetivas existentes.

Diga-se, ao final, que tais políticas públicas devem visar o mesmo desiderato, qual seja, a equidade entre homens e mulheres, constituindo, destarte, um caminho digno e sério para alterar a violência em geral e de gênero em particular, fiscalizando o fiel cumprimento destas políticas citadas, sem nos esquecermos que o objetivo maior somente será cumprido com a plena e total participação da sociedade civil como um todo, pois, citando o filósofo francês Jean-Paul Sartre, "a violência, sob qualquer forma que se manifeste, é um fracasso”.

*Marcelo Di Rezende Bernardes: Advogado, sócio da Rezende & Almeida Advogados Associados S/S, sócio Fundador e Delegado Federal da Associação Goiana de Advogados (AGA), especializando em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Universidade Católica de Goiás (UCG), especializado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), especializado em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Goiás (UCG), co-autor da obra jurídica Direito Ambiental Visto por nós Advogados, publicado pela Editora Del Rey, 2005, membro da Associação Brasileira dos Advogados Ambientalistas (ABAA), sócio Efetivo do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), membro do Instituto de Direito Empresarial, Internacional e Ambiental (IDEA), membro do Instituto Brasileiro de Ciências e Direito do Turismo (IBcDTur), membro do Instituto Nacional de Direito Público (INDIP), membro do Instituto Comportamento, Evolução e Direito (ICED), membro do Instituto de Direito do Comércio Internacional e Desenvolvimento (IDCID), sócio do Instituto Nacional de Estudos Jurídicos (INEJ), representante no Estado de Goiás do Movimento de Defesa da Advocacia (MDA), associado Titular do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), diretor da Associação Brasileira dos Advogados (ABA) – Seção de Goiás, apresentador do Programa Dominical em âmbito local (Estado de Goiás) denominado “Foco Jurídico” na Rede Bandeirantes de Televisão, sócio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), sócio do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional (IBDC).

Elaborado dia 4/03/2005.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ganhar é bom, mas do PSDB e DEM é melhor ainda....

Nossa jovem democracia está de parabéns, pois contra os discursos raivosos da elite representada pelo PSDB e DEM, elegeu a primeira mulher presidente de nossa história. E não é só isso, elegeu uma mulher que antes considerada subversiva pela ditadura militar que tanto mal fez ao nosso país, e que agora é reconhecida pelo povo. Finalmente pudemos ver derrotado, na figura do Serra, o que mais de retrógrado temos nesse país, que com seu discurso pequeno, não trouxe nenhum programa de governo concreto. Confesso que, apesar de ter mudado minha forma de pensar a politica, estou muito feliz com a nova mandatária eleita, e gostei de seu discurso, pois a coerencia de suas idéias são as mesmas passadas na campanha. É necessário, e somente na democracia podemos ver isso, que de uma vez por todas, se elimine essas idéias tacanhas e atrasadas implantadas pelo PSDB e DEM e vivamos uma nova fase. Ainda não é o que queremos, mas um dia, veremos um pais socialista. Valeu Dilma, valeu povo brasileiro.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PORQUE NÃO VOTO NO SERRA

Temos dois candidatos a presidente da república de nosso país e no entanto nada me empolga, eu que sempre fui idealista, me vejo na iminencia de hoje, ter que votar no menos pior. E o menos pior, ou como dizia Lula da Silva a "menas" pior é Dilma, que não sei de onde veio e para onde vai, falando policamente, é claro, pois ela sabe onde vai, com certeza.

Falar de Serra, seria dar enjoo em sonrisal, pois desde que me conheço por gente vejo falar das besteiras que ele faz e lembro-me de quando assumi a Secretaria de Governo de Itapeva e Serra veio entregar alguns titulos de propriedade que o Itesp preparou (das casas da Vila Nova e adjacencias), quando o homem se mostrou azedo e senhor de si, e nós pobres mortais, ficamos a fitá-lo e escutá-lo sem nenhuma vontade, dado a sua prepotencia. Lembro-me que algus vereadores se achegaram a ele para tentar conversar e este como se tivesse sido assediado por alguns leprosos, saia de lado e nem se dava ao luxo de cumprimentar esses vereadores. Bom, mas não é por isso que NÃO VOTO EM SERRA, e sim por tudo o que ela já fez por nossa cidade, ou seja, ele e seu amigo Alkimim, depois de aprovada a 16a Região Administrativa, ainda não se deram ao luxo de explicar o porque de não instala-la. As duplicações dos asfaltos de nossa região, nunca chegam aqui, e nossas estradas (vá para Itaberá, passse em Coronel Macedo e verá), são constantes buracos, industrias para Itapeva nem pensar, ajuda para nossa região, apenas algumas esmolas, e enfim. Na verdade, todo mundo sabe que enquanto Dilma estava presa pela Ditadura Militar, Serra fugiu do país, e foi viver no Chile no bem bom, pois nem cargo eletivo tinha, se auto exilou, nunca foi exilado, e como é costume seu fugir da raia, abandonou o Senado para disputar a prefeitura de São Paulo, abandonou a Prefeitura para disputar o Governo do Estado e agora abandonou o Estado para disputar a Presidencia do País, ora será também que não abandonará nosso pais a deriva, nas mãos de um tal INDIO DA COSTA?
Não vamos trocar o certo pelo duvidoso, dia 31, TREZE NA CABEÇA e chega de nhenhenhem...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

SERRA E OSEGREDO DO BOLSA FAMILIA

Serra e o segredo do Bolsa Família

DE SÃO PAULO

Muita gente vai jurar que é mentira o que vou contar hoje, mas posso assegurar que é verdade. Por trás dela, o maior erro de comunicação da histórica do PSDB -- e, em parte, explica o desempenho nas pesquisas de Lula e de sua candidata, Dilma Rousseff.

Ainda no final do governo Fernando Henrique Cardoso, o então ministro da Educação, Paulo Renato Souza, hoje secretário estadual da Educação, tinha proposto ao Palácio do Planalto uma campanha massiva mostrando como a bolsa-escola (a origem da Bolsa Família) chegava a milhões de famílias. Por trás da campanha, uma intenção: Paulo Renato queria ser candidato a presidente e buscava a aprovação do governo e do partido. Via-se claramente o impacto desse programa, na época chamado pelo PT de bolsa-esmola. Vou além: o PT, no Congresso, dificultou a aprovação do projeto, basta ir nos anais das comissões para comprovar o que estou falando.

O secreto dessa história é o seguinte. O então ministro da Saúde, José Serra, também candidato, não queria adversários e, com seus sólidos contatos palacianos, conseguiu vetar a campanha. Serra, como se sabe, saiu candidato e pouco se usou, na época, a bandeira da bolsa-escola.

Não sei se FHC participou ou soube da decisão. Se não sabe, sugiro que pergunte a seus assessores e vai conhecer a verdade. O que sei é que ele se lamenta (e muito) não ter dado visibilidade a seus programas de renda mínima. Aliás, ele diz que é seu maior erro de comunicação.

O fato é que a campanha não saiu, e o PSDB deixou de atar sua imagem a uma ação que, em larga medida, foi faturada por Lula.

Agora, ironicamente, Serra corre atrás do prejuízo e tenta se apresentar mais pai do Bolsa Família do que o próprio Lula. Pelas pesquisas, vemos que, sem essas ações, Dilma teria muito mais dificuldade de se eleger.

Nessa história toda, a verdade é que a bolsa-escola ganhou o país porque foi lançado, em pequena escala, por Cristovam Buarque, então governador de Brasília, e pelo prefeito de Campinas, José Roberto Teixeira. Virou política pública porque o falecido Antônio Carlos Magalhães criou um fundo de combate à pobreza, que fez com que Paulo Renato pudesse disseminar em todo o país o programa.
Gilberto Dimenstein

Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Todo dia é dia do índio...

TOK D'ARTE - UMA MARAVILHA

MUITAS LUTAS POR LUTAR... JAIR CARVALHO

"Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer." (Fernando Pessoa)

Confesso que quando ouvia nosso amado prefeito doutor Luiz fazer seus discursos e citar Fernando Pessoa, ficava orgulhoso com a cultura de nosso chefe. Faz tempo que não ouço discurso de doutor Luiz e já sinto saudades. Sempre gostei de política, desde criança gostava de ouvir os bons discursos. Não faltava aos comícios, de um lado a turma do Chimitão e de outro lado a turma do Antonio Cavani. Aí apareceu o Monterão, jovem e com bom discurso, falando como alternativa a coronelzada que mandava por aqui. Grandes comícios acontecerem, no palanque chimitista o velho Cícero Marques, Saturnino Araujo – o Saso, Quincas Mattos, Antonio Deffune (um dos mais inflamados oradores que conheci) entre outros; no palanque Cavanista, a dona Paulina, o Barbosa, Ricardão Campolim, Santão Campolim, Iberê Saconi, dentre outros e junto ao Monteiro podia-se ver o Joaquim Filé, o Paulo de Tarso Lobo, enfim, era o Manda Brasa que se articulava. Era Arena 1e 2, MDB 1 e 2 pois naquele tempo o partido podia se dividir e lançar dois candidatos, assim o MDB tinha o Monteiro pelo MDB 1 e o Paulo de Tarso pelo MDB 2.
E o povo delirava e até brigava pelos seus candidatos, que depois se reuniram todos querendo “eleger até um poste para prefeito”. Não deu pois o poste não conquistou o eleitorado e o Armandinho com seu discurso inflamado pôs todo mundo no bolso. Algumas dessas lideranças não deixaram sucessores, como é o caso do Chimitão, do Barbosa e até do Monterão, e outros já deixaram aqui seus filhos como doutor Luiz e seu irmão Paulo (que não consigo chamar de doutor), ou a Terezinha, herdeira de dona Paulina, todos fazendo política. Vieram as novas lideranças, Wilmar Mattos, ex-vereador e prefeito por duas vezes, Guilherme Brugnaro, prefeito por duas vezes, o Armandinho, prefeito e secretário por diversas vezes e agora, com tantos partidos, estamos num beco sem saída. Quem será o sucessor de doutor Luiz Cavani. O meu amigo SPC já disse aqui que seria o Xixo, secretário de obras, um cidadão acima da suspeita, íntegro, educado, um “gentleman”, mas conhecendo bem o Xixo, tenho certeza de que não é ele o candidato de doutor Luiz. Dizem ainda as más línguas que o Wilmar está impedido de se candidatar, portanto, se for verdade, também não ele. Rossi Junior e Adelcinho nunca gostaram de política e o Armandinho não come no mesmo prato do chefe senão teria sido o vice, ficando sobrando aí três políticos, Luciano de Oliveira, doutor Marco André e Toninho Loureiro (aquele mesmo quer ficou famoso na televisão quando disse em cadeia nacional que “o poder é um a delicia”). Temos na oposição a Terezinha que é uma alternativa salutar, mas que garante de pé junto que será Deputada e não deixará a Assembléia, o que é bom para a cidade e região. Mas como dizia o velho Ulisses, “em política só falta ver o boi voar”. Para terminar, quero dizer que eleição é tão bom que deveria acontecer todo ano, todo mundo ganha, é gráfica, é cabo eleitoral, é jornal, enfim, até a estrada da Vila Santa Maria vai ser asfaltada. Valeu a reza, Ave Maria...
Por enquanto é só pessoal....Abraços...

sexta-feira, 12 de março de 2010

FICHA LIMPA...

FICHA LIMPA, VOCE É A FAVOR OU CONTRA?

Vamos a matéria de hoje, já se passaram três semanas da entrega ao Congresso Nacional, da proposta de iniciativa popular chamada “Ficha limpa” e praticamente esta engavetado na Câmara Federal. A proposta popular que levou o nome de “Projeto de Lei Complementar (PLC-518-2009)”, recebeu 1,3 milhão de assinaturas de eleitores todo o país, inclusive a minha, comandada que foi pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O coordenador da campanha, juiz eleitoral Márlon Reis, afirmou essa semana que “está faltando boa vontade dos parlamentares” para votar a proposta. O projeto entregue é subscrito por 43 entidades da sociedade civil que compõem o MCCE (formada por juizes, promotores de justiça, advogados e muita gente famosa e não famosa), portanto é um movimento que tem muita força. A proposta, se aprovada, irá tirar da vida pública muita gente que já foi condenada por vários crimes e que ainda está nos representando, quer nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, na Câmara Federal, no Senado e nos Governos, de todos os níveis. Por isso é que propostas como esta se engavetam e custam a serem discutidas, e quando discutidas, recebem muitas emendas, até serem aprovadas. Com certeza essa também recebera emendas daqueles que são contra, tudo no intuito de procrastinar a aprovação da medida. Para entender melhor a proposta, basta vermos os editais de concursos públicos, pois pedem eles que os candidatos apresentem “antecedentes criminais” e ai aqueles que tiveram alguma passagem pele policia, de cara estão descartados, nem podem fazer a prova. Ora, é natural que alguém que cometeu um estupro contra uma criança possa fazer um concurso para dirigir uma creche? Como pode aquele que desviou dinheiro público ser vereador? Ou prefeito? Não é a mesma coisa? Uma vez eleito vereador, ele pode, por seus pares, ser eleito presidente da câmara e ai vai administrar dinheiro público. De outro lado, aqueles que defendem a inconstitucionalidade da medida, afirmando que “todo cidadão é inocente ate que se prove o contrario”, e essa prova de culpabilidade do cidadão segundo eles, só acontecerá após o julgamento da última instancia, e como nossa justiça esta muito abarrotada de processos, quando acontecer o ultimo julgamento o mandato desse cidadão já acabou. Na verdade, o que se quer, não é barrar os cidadãos de serem candidatos por serem criminosos, mas sim, por estarem respondendo a um processo criminal, igual aqueles que vão prestar concurso público. Ora, se para um funcionário público tem que apresentar seus antecedentes criminais, muito mais para aqueles que querem ser candidatos a algum cargo eletivo. A idéia é muito boa, afinal, há muito o povo está colocando as raposas para tomar conta do galinheiro e tudo isso porque a lei os protege, deixando-os serem candidatos. Imaginem aqui em Itapeva quanta raposa nós tiraremos da política se essa lei passar. Esperemos que nessas eleições, com ficha limpa ou não, nosso povo comece a separar o joio do trigo e a tirar da vida pública aqueles que cometeram crimes e ainda estão impunes sob o manto de algum recurso em algum Tribunal da vida. Como diz o SPC, oremos...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PASSEIO SOCRÁTICO

Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'.

Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'.
'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'

'Que tanta coisa?', perguntei.

'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos:

'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento?; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!'

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center.

É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.

Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas.

Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:

Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!

sábado, 19 de dezembro de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO MEU AMIGO... FELIZ NATAL....

Todo dia 25 de dezembro comemoramos o Natal, o dia do nascimento de Jesus Cristo, o galileu que aqui chegou e com seus ensinamentos mudou a história da humanidade. Naquela época a lei era do mais forte, ou seja, utilizava-se a premissa de que para se fazer valer a lei, a "vingança"
teria que acontecer: "Olho por olho, dente por dente". Se alguém matasse um cidadão, a família do morto poderia matar um dos filhos da casa e nada acontecia pois era normal isso ocorrer.
Os seguidores de Cristo eram perseguidos pelo Estado e jogados no grande circo onde eram mortos à espada ou comidos pelos leões, (quem assistiu o Gladiador, sabe do que estou falando). Os verdadeiros cristãos se reuniam nas catacumbas e ali faziam suas orações e filosofavam sobre a cristandade. O evangelho (novo testamento), escrito a partir da vivencia dos apóstolos nos mostram a dureza da vida da época, e os ensinamentos do Mestre Jesus, que com sua Luz trazia o amor, a paz, a compreensão entre os homens. A sentença dada a Jesus pelos homens da época era a sentença que costumavam decretar contra os "subversivos" pois Cristo não veio para manter a ordem e sim subvertê-la, mudar as leis. Pensavam os homens da época que Jesus era o grande revolucionário materialista que iria fazer a revolução e tomar o poder, porém, pela pouca inteligencia espiritual que tinham, nada entenderam quando Cristo disse: "meu reino não é desse mundo" ou "a casa do senhor tem muitas moradas". Na verdade, Cristo é o maior espírito de luz que já apareceu em nosso mundo e aqui veio com sua missão, mostrar ao homem que "é morrendo que se vive para a vida eterna", ou seja, vivemos um mundo de expiação e nosso crescimento é espiritual. Cristo já profetizou à época também que "aparecerão muitos profetas" falando em meu nome, porém aqueles que vestem púrpuras e se adornam com anéis cravados em diamantes vendo a miseria do povo, nem sempre falam com sinceridade. O mundo está vendo hoje o crescimento das igrejas usando o nome de Cristo pregam guerras, defendem governos e se esquecem de pregar a verdadeira humildade e o amor ao proximo. Utilizam ainda a lei Mozaica esquecendo-se que Cristo veio para mudá-la e subverter a ordem legal da época .
Portanto, a lei Cristã está posta e o livre arbitrio está aí para todos os homens seguiram e viveram como quizerem, nunca se esquecendo de que para direitos existem deveres e o crime não passa de individuo para individuo. Somos o que pensamos e fazemos. Infelizmente hoje se Jesus Cristo voltasse à terra, iria fica muito triste ao ver o homem se matando e destruindo a própria natureza, lideres mundiais pregando a guerra, líderes religiosos vivendo em palácios à custa dos dízimos de seus pobres fiéis e vestindo púrpuras, enquanto a maioria do povo não tem o que comer. Lideres mundiais pregando a preservação de animais porém esquecendo-se de preservar o homem, constroem "reservas florestais" para preservar os animais e favelas para preservar o homem, dando a eles apenas uma ração diária, constrói-se prisões e se esquecem de construi escolas para ensinar os homens. Como seria a sentença de Cristo hoje com a ganancia dos homens, afinal, a pregação de Cristo é a subversão da ordem e para quem detem o poder economico e politico, sem qualquer conhecimento espiritual, isso é uma ofensa, pois todos falaem em Natal, mas será que todos vivem o Natal?
Dia 25 é dia de aniversário, dia de NASCIMENTO, DIA DE NATAL, portanto, feliz aniversário meu amigo e perdoe-nos pela nossa ignorancia, estamos tentando melhorar, e um dia poderemos ver todos engajados nas sua pregação, AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
Bom Natal a todos...





sábado, 26 de setembro de 2009

É ESSE O PSDB DE NOSSA REGIÃO?

Máfia do jogo quer dominar Câmara

Bandidos financiaram campanhas em 2008 e se preparavam para eleger vereadores, deputados e prefeitos

(por Bruno Tavares e Marcelo Godoy)
A cúpula da contravenção paulista quer dominar a Câmara Municipal de São Paulo, ter o prefeito da cidade na mão e eleger deputados estaduais e federais. Tudo isso para ver o sonho da legalização do jogo realizado. Em meio a reuniões em que os chefes comparecem armados com pistolas calibre 45, ao lado de capangas, os dirigentes da jogatina paulista discutiram o apoio a candidatos nas eleições municipais de 2008, quando elegeram alguns de seus "parceiros".

Os bicheiros, bingueiros e donos de caça-níqueis se estruturaram em torno da Associação Força Paulista, a exemplo do que fez a contravenção carioca. A sede da associação serviu de comitê eleitoral para um candidato a vereador em 2008. No ABC e em Iaras (SP), a contravenção comemorou seu desempenho nas urnas. Em Itapetininga, o grupo do contraventor Nitamar Bernardino da Silva apoiou Marcelo Nanini (PSDB), eleito vereador, e o candidato a prefeito Ricardo Barbara (PSDB), derrotado na eleição. Barbara foi duas vezes prefeito da cidade e é ex-secretário da Habitação de Sorocaba.

Barbará teria recebido 4 mil litros de combustível por semana de Nitamar, que dominaria o jogo em Sorocaba e em Ribeirão Preto. Depois das eleições, em 16 de outubro, o vereador Nanini telefonou para Nitamar. "Fala, meu parceiro", diz o vereador. Então recebe de Nitamar os parabéns pela vitória.
Ao Estado, o vereador disse desconhecer Nitamar. "De nome eu não conheço. Tenho loja de som, mais de 5 mil clientes. Pode ser que eu tenha falado com alguém que estava me devendo." O Estado procurou Barbara, mas não o localizou. Nitamar teve a prisão decretada pela Justiça há duas semanas, mas está foragido.

As investigações dos policiais de Sorocaba ainda não identificaram quem era o "vereador da contravenção" em São Paulo. O plano da associação era "trabalhar nos próximos quatro anos" para "colocar um porcentual bom" de vereadores na Câmara Municipal de São Paulo. Em conversa de 11 de setembro de 2008, Nitamar diz ao bingueiro Orlando Nagata que o grupo deve "trabalhar politicamente com inteligência, como em Goiânia (GO)". Em seguida, afirma que só assim terão condição de "falar com o prefeito de igual para igual".

Eles demonstram insatisfação com dois deputados (um estadual e um federal) aos quais um dos bicheiros se diz ligado e discutem o apoio a um candidato à Prefeitura em São Paulo. Afirmam ter 1 milhão de votos: "Faremos quantos deputados a gente quiser e, envolvendo a Prefeitura, o domínio será total. Ou beija a mão e diz amém, põem o que a gente quer, ou o caldo engrossa", diz Nagata.

No mesmo dia, Nitamar expôs o plano ao colega Dimas Incerti. "Nós queremos legalizar o nosso negócio." Nitamar usa o PT e a Igreja Universal do Reino de Deus como exemplos de como deverão se comportar os vereadores da futura bancada do jogo. "Ele (o vereador) vai ter de passar pela comissão, pela cúpula, pra nós explicar pra ele, que nem o Edir Macedo explica, que nem o PT explica pros seus vereadores, prefeitos e deputados: Vai deixar cinza aí, viu, maluco. Entendeu? (sic)". "É isso aí", responde Dimas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

E vem aí a temporada de caça aos votos...

Está chegando a hora de aparecer nas cidades do interior os candidatos a deputados; sim, porque Senador nem pensa em pisar em cidades do como a nossa. Vi dois senadores aqui, o Marcadante e o Suplicy, Presidente da República, no cargo, só o Castelo Branco, eu tinha 7 anos de idade e estava com bandeirinha e tudo na praça esperando o General. Que ironia!!!

Bem, mas deputado já vi bastante, quando criança jantei com Ulisses Guimarães no antigo Restaurante Pilão D'Água, e até hoje não vi nenhuma homenagem aqui para o velho Ulisses. Homenagearam até o Serjão (aquele trator do FHC), diziam alguns que ele era o PC Farias do Presidente FHC, coisa de gente faladeira.

Imaginem, aqui em Itapeva, essa gente faladeira dizem que a Terezinha fez acordo com Cavani para perder a eleição pra ele, acho que é puro mexerico, nada mais.

Mas voltando ao tema, li essa semana no Blog do Regis, Sinais Particulares, seu artigo, quase uma SÚPLICA em defesa de nossa região sudoeste, acho que o Régis é um grande sonhador. Mas sempre vale a pena sonhar, que tal vermos os nossos politicos se despindo do ar narcisista, humildes, sentados numa mesa e defendendo a nossa região, que beleza seria.

Infelizmente isso não vai acontecer, pois em politica é "lobo comendo lobo" e a mãe do outro que chore por ele.

Quem sabe um dia quando crescermos mais um pouco e viramos gente grande vamos entender melhor essa história de politica, essa hitória de passarinho verde, onde os acordos nada mais são para se manter no poder e dele se prevalecer.

Infelizmente Regis eu também penso como voce, mas até hoje não consigo entender os grupos que se formam, as lideranças que não aparecem, enfim, há muito vivemos comandados por uma única oligarquia e isso um dia, terá que ter um fim, é o que espero, para que nossa região sudoeste seja realmente do povo que a constrói.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O QUINTO DOS INFERNOS

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".
Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos". A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama”. Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "_dois quintos dos infernos_" de impostos...
Para que? Para sustentar a corrupção, campanhas eleitorais, o PAC, o mensalão, o Senado e sua legião de "diretores", a festa das passagens, os cartões corporativos, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar no executivo, os salários de marajás, etc.etc.etc. Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "/quinto dos infernos/" para sustentar esta corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Politico honesto é isso aí. Se todos fossem iguais ao nosso Vice-Presidente.

Má-fé

Após cinco anos de processo, a Justiça Federal em MG livrou o vice-presidente, José Alencar, da acusação de ter manipulado, em 1998, a cotação de ações na Bovespa em benefício próprio. O juiz Antônio Cláudio Macedo da Silva, da 16ª vara Federal de BH, considerou que houve má-fé do MPF ao denunciá-lo, em 2004, e determinou que o órgão o indenize. (saiu em MIgalhas)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

FRUTOS DA ESCURIDÃO

Vem ai o mais novo livro de Jair Carvalho, aguardem!!!

FAMÍLIA CARVALHO

FAMÍLIA CARVALHO
Adriano/Conceição e os netos